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Questões de Português - ENEM PPL 2019 | Gabarito e resoluções

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Questão 36
2019Português

(ENEM PPL - 2019) As cores Maria Alice abandonou o livro onde seus dedos longos liam uma histria de amor. Em seu pequeno mundo de volumes, de cheiros, de sons, todas aquelas palavras eram a perptua renovao dos mistrios em cujo seio sua imaginao se perdia. [...] Como seria cor e o que seria? [...]. Era, com certeza, a nota marcante de todas as coisas para aqueles cujos olhos viam, aqueles olhos que tantas vezes palpara com inveja calada e que se fechavam, quando os tocava, sensveis como pssaros assustados, palpitantes de vida, sob seus dedos trmulos, que diziam ser claros. Que seria o claro, afinal? Algo que aprendera, de h muito, ser igual ao branco. [...] E agora Maria Alice voltava outra vez ao Instituto. E ao grande amigo que l conhecera. [...]. Lembrava-se da ternura daquela voz, da beleza daquela voz. De como se adivinhavam entre dezenas de outros e suas mos se encontravam. De como as palavras de amor tinham irrompido e suas bocas se encontrado... De como um dia seus pais haviam surgido inesperadamente no Instituto e a haviam levado sala do diretor e se haviam queixado da falta de vigilncia e moralidade no estabelecimento. E de como, no momento em que a retiravam e quando ela disse que pretendia se despedir de um amigo pelo qual tinha grande afeio e com quem se queria casar, o pai exclamara, horrorizado: Voc no tem juzo, criatura? Casar-se com um mulato? Nunca! Mulato era cor. Estava longe aquele dia. Estava longe o Instituto, ao qual no saberia voltar, do qual nunca mais tivera notcia, e do qual somente restara o privilgio de caminhar sozinha pelo reino dos livros, to parecido com a vida dos outros, to cheio de cores... LESSA, O. Seleta de Orgenes Lessa. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1973. No texto, a condio da personagem e os desdobramentos da narrativa conduzem o leitor a compreender o(a)

Questão 37
2019Português

(ENEM PPL - 2019) Prezada senhorita, Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, o tabelio juramentado Francisco Guedes, estabelecido Rua da Praia, nmero 632, dar por encerrados nossos entendimentos de noivado. Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazns Penalva, conceituada firma desta praa, no me restar, em face dos novos e pesados encargos, tempo til para os deveres conjugais. Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim como representantes da Associao dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa Jos de Alencar. Sem mais, creia-me de V. S. patrcio e admirador, Sabugosa de Castro CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim no atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1971. A explorao da variao lingustica um elemento que pode provocar situaes cmicas. Nesse texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre

Questão 38
2019PortuguêsSociologia

(ENEM PPL - 2019) A identificao simblica que existe na cultura esportiva pode ser um fator determinante nas aes potencialmente agressivas dos espectadores e torcedores de futebol. Essa identificao em indivduos que no tm uma identidade prpria pode lev-los a no perceber os limites entre a sua vida e a sua equipe, ou entre a sua vida e a vida de um dolo (jogador), e, dessa forma, passar a viver suas emoes basicamente por meio de acontecimentos esportivos, do sucesso e da derrota de seu clube predileto. Alguns dos torcedores organizados dedicam a vida sua torcida. Vivem para ela e, por ela, chegam a perder qualquer outra referncia, pois essa experincia compensatria que lhes d identidade. A probabilidade de um indivduo se tornar um torcedor fantico est diretamente relacionada com a construo da sua identidade. Por isso, imprescindvel o desenvolvimento de relaes e valores prprios que o ajudaro a delinear o limite entre ele e a sua equipe, ou entre ele e um jogador de futebol. REIS, H. H. B. Futebol e violncia. Campinas: Armazm do Ip; Autores Associados, 2006 (adaptado). Partindo da discusso sobre as relaes entre o torcedor e seu clube, observa-se que o fanatismo futebolstico

Questão 39
2019Português

(ENEM PPL - 2019) Como a percepo do tempo muda de acordo com a lngua Lnguas diferentes descrevem o tempo de maneiras distintas e as palavras usadas para falar sobre ele moldam nossa percepo de sua passagem. O estudo Distoro temporal whorfiana: representando durao por meio da ampulheta da lngua, publicado no jornal da APA (Associao Americana de Psicologia), mostra que conceitos abstratos, como a percepo da durao do tempo, no so universais. Os autores no s verificaram uma mudana da percepo temporal conforme a lngua falada como observaram que a transio de uma lngua para outra por um mesmo indivduo modificava sua estimativa de uma durao de tempo. Isso implica que vises diferentes de tempo convivem no crebro de um indivduo bilngue. O fato de que pessoas bilngues transitam entre essas diferentes formas de estimar o tempo sem esforo e inconscientemente se encaixa nas evidncias crescentes que demonstram a facilidade com que a linguagem se entremeia furtivamente em nossos sentidos mais bsicos, incluindo nossas emoes, percepo visual e, agora, ao que parece, nossa sensao de tempo, disse o pesquisador ao site Quartz. LIMA, J. D. Disponvel em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017. O texto relata experincias e resultados de um estudo que reconhece a importncia

Questão 40
2019Português

(ENEM PPL - 2019) O instrumento feito de lminas metlicas e cabaa comum a manifestaes musicais na frica e no Brasil. Nos textos, apesar de figurarem em contextos geogrficos separados pelo Oceano Atlntico e terem cerca de um sculo de distanciamento temporal, a semelhana do instrumento demonstra a

Questão 41
2019Português

(ENEM PPL - 2019) No digo que seja uma mulher perdida, mas recebeu uma educao muito livre, saracoteia sozinha por toda a cidade e no tem podido, por conseguinte, escapar implacvel maledicncia dos fluminenses. Demais, est habituada ao luxo, ao luxo da rua, que o mais caro; em casa arranjam-se ela e a tia sabe Deus como. No mulher com quem a gente se case. Depois, lembra-te que apenas comeas e no tens ainda onde cair morto. Enfim, s um homem: faze o que bem te parecer. Essas palavras, proferidas com uma franqueza por tantos motivos autorizada, calaram no nimo do bacharel. Intimamente ele estimava que o velho amigo de seu pai o dissuadisse de requestar a moa, no pelas consequncias morais do casamento, mas pela obrigao, que este lhe impunha, de satisfazer uma dvida de vinte contos de ris, quando, apesar de todos os seus esforos, no conseguira at ento pr de parte nem o tero daquela quantia. AZEVEDO, A. A dvida. Disponvel em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 20 ago. 2017. O texto, publicado no fim do sculo XIX, traz tona representaes sociais da sociedade brasileira da poca. Em consonncia com a esttica realista, traos da viso crtica do narrador manifestam-se na

Questão 42
2019Português

(ENEM PPL - 2019) As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, s vezes com seus namorados. As alegres meninas que esto sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importncia. O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem. Hoje de manh estavam srias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importncia. Faltava uma delas. O jornal dera notcia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condies, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que no deixa mais rir. As alegres meninas, agora srias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres. ANDRADE, C. D. Essas meninas. Contos plausveis. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1985. No texto, h recorrncia do emprego do artigo as e do pronome essas. No ltimo pargrafo, esse recurso lingustico contribui para

Questão 43
2019Português

(ENEM PPL - 2019) Voc vende uma casa, depois de ter morado nela durante anos; voc a conhece necessariamente melhor do que qualquer comprador possvel. Mas a justia , ento, informar o eventual comprador acerca de qualquer defeito, aparente ou no, que possa existir nela, e mesmo, embora a lei no obrigue a tanto, acerca de algum problema com a vizinhana. E, sem dvida, nem todos ns fazemos isso, nem sempre, nem completamente. Mas quem no v que seria justo faz-lo e que somos injustos no o fazendo? A lei pode ordenar essa informao ou ignorar o problema, conforme os casos; mas a justia sempre manda faz-lo. Dir-se- que seria difcil, com tais exigncias, ou pouco vantajoso, vender casas... Pode ser. Mas onde se viu a justia ser fcil ou vantajosa? S o para quem a recebe ou dela se beneficia, e melhor para ele; mas s uma virtude em quem a pratica ou a faz. Devemos ento renunciar nosso prprio interesse? Claro que no. Mas devemos submet-lo justia, e no o contrrio. Seno? Seno, contente-se com ser rico e no tente ainda por cima ser justo. COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. So Paulo: Martins Fontes, 1995. No processo de convencimento do leitor, o autor desse texto defende a ideia de que

Questão 44
2019Português

(ENEM PPL - 2019) As montanhas correm agora, l fora, umas atrs das outras, hostis e espectrais, desertas de vontades novas que as humanizem, esquecidas j dos antigos homens lendrios que as povoaram e dominaram. Carregam nos seus dorsos poderosos as pequenas cidades decadentes, como uma doena aviltante e tenaz, que se aninhou para sempre em suas dobras. No podendo mat-las de todo ou arranc-las de si e vencer, elas resignam-se e as ocultam com sua vegetao escura e densa, que lhes serve de coberta, e resguardam o seu sonho imperial de ferro e ouro. PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Artium, 2001. As solues de linguagem encontradas pelo narrador projetam uma perspectiva lrica da paisagem contemplada. Essa projeo alinha-se ao potico na medida em que

Questão 45
2019Português

(ENEM PPL - 2019) Eu gostaria de comentar brevemente as afinidades existentes entre comunidade, comunicao e comunho. Essas afinidades comeam no prprio radical das palavras em questo. Assim, se nosso alvo so os atos de interao comunicativa, temos que incluir em nosso objeto de estudo a ecologia dos atos de interao comunicativa, que se do no contexto da ecologia da interao comunicativa. No entanto, no basta a proximidade espacial para que a comunicao se d, necessrio que os potenciais interlocutores entrem em comunho. Por fim, sem trocadilhos, a comunicao ideal se d no interior de uma comunidade, entre indivduos que entram em comunho. COUTO, H. H. O Tao da linguagem. Campinas: Pontes, 2012. O trecho integra um livro sobre os aspectos ecolgicos envolvidos na interao comunicativa. Para convencer o leitor das afinidades entre comunidade, comunicao e comunho, o autor

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